SOBREVIVÊNCIA
Finalmente chegara a primavera,
E um grupo de borboletas sobrevoava um grande jardim- um dos poucos- que ainda sobrevivera à poluição.
-Dentre elas havia uma que se destacava pela soberba e egoísmo-
-apesar de sua beleza-- aprendera que a lei da sobrevivência é cruel. E que a natureza auxilia quem nela crê.
-Cada qual escolhera uma flor para se alimentar. E a borboleta em questão foi logo dizendo-
Não quero dividir a flor que escolhi com ninguém. Cada qual- que cuide da sua.
E assim, sugou a flor aproveitando o néctar até que nada sobrou.
Vendo sua flor murchar de repente tratou de sorrir para outras borboletas, mas essas- não lhe deram atenção.
Começou a voar entre uma flor e outra, mas ninguém- a deixou pousar.
Esbravejando e cheia de empáfia disse: Vão me deixar faminta morrer a míngua sem alimento?
Em coro as borboletas lhe responderam. Volte para a flor escolhida por você!---------
Não fomos nós que criamos a regra que cada qual cuidasse da sua flor. Foi você! Revoltada voltou a sua flor.
Viu-a desfolhada sem vida. Pôs-se a chorar resmungando palavra qualquer.
Foi então que percebeu que todas às flores daquele jardim estavam murchas.
E que o grupo o qual fizera parte a deixara sozinha. Pensou...
Pensou... Resolveu ali permanecer com a esperança de que algum botão haveria de brotar na manhã seguinte.
Tal foi à surpresa no primeiro clarão da aurora, viu um pequeno botão de rosa se debatendo para emergir lutando pela vida.
A borboleta sorriu e disse a si mesma. Vou ficar por aqui...
Regina cnl.
Um ser às vezes racional, Outra me deixo levar pelo vento.